sexta-feira, 10 de junho de 2011

Zooterapia



Terapia com animais
Divirta-se e ganhe uma vida mais saudável. A convivência com um animal de
estimação só traz benefícios à sua saúde. Quem tem um animal de estimação sabe o quanto eles são companheiros e divertidos. Para algumas pessoas eles são tão importantes que recebem tratamento especial, com direito até a festa de aniversário.
Na medicina alternativa, a relação Homem-animal é usada há mais de 40 anos
para fins terapêuticos. É a chamada terapia com animais, que no Brasil começa a
ganhar adeptos. A última novidade nessa área fica por conta de um recente estudo realizado na Europa e nos Estados Unidos que comprova que famílias com animais de estimação têm menos despesas com saúde do que famílias sem animais.
Segundo os pesquisadores, essa convivência é capaz de melhorar a autoestima,
diminuir problemas cardiovasculares, auxiliar a família na diminuição do
estresse, na queda da pressão arterial em hipertensos e principalmente ajudou uma maior interação social.
No Brasil o recurso terapêutico mais conhecido é a hipoterapia ou equoterapia,
que usa cavalos para interagir e restabelecer portadores de deficiências físicas,
problemas mentais e alterações motoras. Uma atividade prazerosa que estimula os pacientes a se movimentar, a ganhar auto-estima e confiança.
Mas outros animais podem participar de terapias como tartarugas, coelhos e
peixes de aquário. Até as minhocas podem ter um efeito relaxante e amenizar as
conseqüências do estresse.
Mas os cachorros são os preferidos e mais habilitados para as funções, pois são
sociáveis e interagem facilmente. Eles são especialmente treinados. Um bom cão de terapia deve ser calmo, amigo e obediente para fazer visitas programadas aos idosos em asilos e casas de repouso, ou a crianças em hospitais. Eles levam entretenimento e distração, o que ajuda a combater a solidão, a depressão e tiram a atenção das dores e dos traumas.
Os animais favorecem muito o bem-estar humano, portanto, se estiver dentro
de suas possibilidades, tenha um animal de estimação em casa, cuide dele, interaja com ele, estabeleça uma relação de amor e ganhe qualidade de vida.
HANNELORE FUCHS E O PROJETO PET SMILE

A médica veterinária e psicóloga Hannelore Fuchs é uma das precursoras no uso
de animais para interagir com crianças, adolescentes e idosos em hospitais ou
instituições. Fundadora da Associação Brasileira de Zooterapia (Abrazoo).
Hannelore revela que o trabalho é mais do que uma distração para os
assistidos. "Constatam-se diminuição de medicamentos, menos incidência de
depressão e aumento da sobrevida de enfartados", cita. O atendimento a adultos e crianças é feito de maneira diferenciada, pois as crianças são mais receptivas. "O mundo delas é diferente do mundo dos adultos. É mais simples. O animal entra com facilidade", diz.
A psicóloga explica que, na atividade, o animal é um facilitador, um canal
através do qual é possível um ser humano chegar a outro ser humano. "É oferecido um animal comum, para ser tocado, percebido e apreciado. Quando não há afeto, o trabalho segue o caminho da impessoalidade. É preciso ter um objetivo, muitas vezes é necessário driblar o isolamento pessoal. E o animal distingue."
Embora sejam mais receptivas, as crianças costumam se emocionar menos que
os adultos. De acordo com a especialista, a atividade para elas é mais lúdica, pois, em geral, estão acompanhadas por familiares. Para o adulto, que passa boa parte do tempo sozinho, é um alento. "Às vezes, ele se emociona mais do que a criança porque o trabalho traz lembranças e vivências", conclui.
A idéia de oficializar essa fabulosa relação entre o homem e o animal surgiu nos
Estados Unidos com a Terapia Assistida por Animais (Animal Assisted Therapy), há cerca de 40 anos, e desde então se difundiu rapidamente em países como Canadá, Suíça, França e Japão. Aqui no Brasil existem projetos que se dedicam a esta nobre causa e treinam esses animais para o trabalho que irão desenvolver.
Um exemplo muito expressivo é o Projeto Pet Smile, criado em São Paulo e
coordenado pela veterinária e psicóloga Dra. Hannelore Fuchs.
O projeto já realizou mais de 6000 visitas. São cerca de 18 animais, entre eles
há também tartarugas, gatos e passarinhos, e todos moram na casa da Dra e recebem cuidados especiais. O grupo conta também com o apoio de aproximadamente cinco voluntários por visita.